quinta-feira, 16 de julho de 2009

Crítica - As Noivas de Nelson

A peça reúne 5 contos de A vida como ela é, coluna que Nelson manteve no jornal carioca Última Hora ao longo dos anos 50: Excesso de trabalho, Delicado, O sacrilégio, O pastelzinho e Feia demais. Todos envolvem as ideias de casamento e morte, refletidas nos fúnebres figurinos e cenário de Juliana Fernandes e na maquiagem de Edivaldo Zanotti, com todo o elenco caracterizado como defunto. Os dez atores se revezam entre dezenas de personagens, saindo-se, em geral, muito bem, tanto nos papéis importantes quanto nos que são meras figurações. Mesmo quando os atores encarnam “personagens” sem fala e com cerca de apenas um minuto em cena.
O ritmo do espetáculo, como um todo, é vertiginoso, mas a plateia nunca fica cansada. Braz, o diretor, soube explorar o que cada ator tem de melhor em potencial, alternando momentos em que todos se destacam ao mesmo tempo, com brilhos individuais em determinados momentos.
As Noivas de Nelson, da Cia. Paulista de Artes é um espetáculo engraçado e muito interessante, que vale a pena ser assitido por uma platéia atenta e que procure não perder nenhum momento.

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