segunda-feira, 15 de junho de 2009

Crítica - Estranho Casal


Com três temporadas na Broadway e 922 montagens internacionais, o espetáculo Estranho Casal chega ao Brasil com um elenco formado por oito atores, entre eles Carmo Dalla Vechia e Edson Fieschi. A montagem brasileira da premiada peça de Neil Simon possui tradução assinada pelo autor Gilberto Braga e direção de Celso Nunes. No palco, Felix, um jornalista obcecado por limpeza, é expulso de sua casa por sua esposa e passa a morar com seu amigo recém-divorciado, Oscar, um comentarista esportivo desleixado e bem sucedido. Eles imaginam que a convivência seria fácil e que poderiam seguir a vida de solteiro normalmente. Mas descobrem que seus temperamentos são completamente diferentes. Assim, o convívio desse estranho casal torna-se insuportável, pois, enquanto Oscar é um bagunceiro incorrigível, Felix é exatamente o oposto.
O diretor Celso Nunes armou a cena de maneira tradicional, como convém ao material disponível. O cenário de José Dias compõem bem a cena , uma iluminação muito boa de Paulo César Medeiros, figurinos adequados de Ney Madeira e completando a parte técnica bem executada, trilha sonora de Billy Forghiere é apropriada. Os destaques na interpretação do elenco ficam por conta de Bel Garcia e Susana Ribeiro que provocam risos na platéia com seus sotaques mutito interessantes. o rstante do elenco, Marcos Archer, Leonardo Netto, Marcelo Várzea e Rogério Freitas, não conseguem muito destaque em cena, mas mantêm um harmonioso conjunto; Edson Fieschi se ressente da uniformidade do seu personagem e Carmo Dalla Vecchia faz um malandro com agilidade física e verbal, mas seu personagem precisa ser um pouco mais trabalhado nas nuances que poderia ser mais bem aproveitadas. Uma montagem regular, mas que com alguns acertos pode-se tonar um bom trabalho teatral.

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