segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Crítica - Náufragos

A dor e a comicidade de dois errantes perdidos no labirinto da própria mente. Náufragos, premiado texto do autor italiano Máximo Bavastro, estréia no Brasil dirigido por Alessandra Vanucci e uma produção ítalo-brasileira.
Dois sugeitos cômicos e trágicos (interpretados por Nicola Lama e Marcelo Aquino) que passam a vida entrando e saindo de clínicas de recuperação, resolvem autonomear-se Don Quixote e Sancho Pança e desbravar a cidade do Rio de Janeiro, e assim enfrentar todos os monstros e medos de toda uma vida.
Alessandra Vanucci revestiu a montagem de modo clownesco incorporando a platéia ao espetáculo: um truque ingênuo e as vezes massante. As cenas do espetáculo se alongam as vezes de forma demasiada, causando um descompasso entre a imagem e a palavra. Nicola Lama se destaca pelo trabalho corporal perfeitamente executado e Marcelo Aquino, através da pantomima, transmite a dimensão da fantasia desesperada pela e da falta da razão indicada pela sua personagem. A música de Paolo Vivaldi, composta para o espetáculo é forte e com dramticidade oportuna.
Enfim Náufragos é uma peça que alterna bons e maus moentos, mas que a vale a pena ser conferida pela integridade artística que se dispõe cenicamente.

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