quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Crítica - Vestido de Noiva


Alaíde, uma jovem que é atropelada transita em três planos: Alucinação, memória e realidade - buscando a verdade. Enquanto tenta ser reanimada numa mesa de operação, Alaíde conhece uma mulher chamada Madame Clessi. Na confusão da mente de Alaíde, ela acredita ter matado o marido, Pedro. Depois ao descobrir ser isso uma alucinação, vê que Pedro e Lúcia sua irmã, vivem um caso extraconjugal. Os dois decidem matá-la e aí Alaíde vê que seu atropelamento foi premeditado. O texto de Nelson Rodrigues é considerado um marco no teatro moderno.
Nesta montagem, o próprio diretor Gabriel Vilella a define como um Baile Sinistro. De acordo com o diretor ele buscou uma montagem desencanada, sem se preocupar com outras célebres montagens do texto. O resultado é uma montagem que busca uma modernidade e uma releitura, que muitas vezes cai por incrível que pareça num arcáico teatro. A quantidade demasiada de se apagar o palco para troca de cenários e adereços contrasta com a busca da interpretação do texto e movimentação corporal contemporâneos de alguns personagens. A iluminação do espetáculo é confusa e muitas vezes complica a compreensão da sequência de cenas. A cenografia de J.C. Serroni é antiquada e muitas vezes sem utilidade. O sfigurinos do próprio diretor também confusos e sem uma linha de definição. Em relação ao elenco leandra leal se esforça para fazer uma Alaíde convincente, Marcelo Antoni e Vera Zimmermann ficam apenas na forma, Luciana Carnielli faz uma Madame Clessi com presença cênica e os demais do elenco cumprem bem seus papéis coadjuvantes. esta montagem de Vestido de Noiva, em termos de concepção cênica deixa a desejar no que diz respeito ao conceitual necessário à um trabalho rodrigueano.

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