segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Crítica - Monólogos da Marijuana


Uma repetição de uma fórmula, que começou com os Monólogos da Vagina. Apoiando-se em temas polêmicos, Monólogos da Marijuana, tratam com certo humor, uma série de depoimentos sobre o ato de fumar maconha.
A estrutura do espetáculo é composta por três atores no palco que divagam sobre os condicionantes, legais, medicinais e vivenciais do consumo da erva. Frases curtas são lançadas diretamente para a platéia pelo trio de atores, sempre com um tom provocativo, tentando quebrar preconceitos.
Com o auxílio da comédia circulam pelo ambiente e comportamentos associados à droga, falando sobre seu uso e consequências.
Não existe uma dramaturgia muito elaborada sobre esse tema único e a temática acaba por se esgotar em determinado momento, depois de algumas piadas e observações engraçadinhas, o que acaba fazendo com que o texto não se sustente como cena viva.
Devido a dificuldade de ser ampliado cenicamente o formato do monólogo, um filme com personagens que vivem algumas experiências com a erva é acrescentado ao espetáculo.
A direção de Emílio Gallo se concentra no histrionismo dos atores, que buscam movimentar as falas, passadas de um a outro num afinado jogo verbal. Marcos Winter está excessivamente irônico, Stella Brajterman fica muito na caricatura, e Felipe Cardoso está a vontade e parece se divertir muito em cena.
Em relação a parte técnica, luz, cenário e figurinos não são dignos de nota, por não acrescentarem nada cenicamente.

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