quarta-feira, 20 de maio de 2009

Crítica - Ainda bem que foi agora

Com direção de Marcelo Saback, a peça Ainda Bem Que Foi Agora aborda com humor o relacionamento de um casal acima dos 30 anos. No palco, Olavo e Anita discutem o relacionamento mantido há muitos anos. 
Os encontros e desencontros do casal interpretado por Carlos Vieira e Andréa Mattar não seguem uma ordem cronológica dos fatos e trazem questionamentos comuns a todos os casais. Durante o espetáculo, a chamada quarta parede do teatro é rompida e o público participa da discussão do casal. 
O texto, de humor super inteligente e com ótimas sacadas, é dos competentes e jovens autores Julia Spadaccini e Rodrigo Nogueira.
O diretor utiliza em vários momentos recursos cinematográficos conseguindo muito êxito na questão.
Com uma grande precisão, os vídeos de Miguel Oliveira, transportam a cena e ambientação para a rua, obtendo momentos bastante interessantes. A Luz de Francisco Rocha é correta e cria um clima de naturalidade bem proposital à encenação. Os figurinos de Ney Madeira calham bem com o casal que é tipicamente de classe média carioca.
A interpretação dos atores consegue uma leveza, sem cair na banalidade. Em nenhum momento caem na armadilha da platéia de fazer o riso pelo riso. Tudo na peça tem um porque. Atingindo um humor inteligente e refinado.
Em síntese, o Teatro Cãndido Mendes que vinha tendo comédias fraquíssimas e com textos bizarros, volta a ter uma boa comédia e que vale muito ser assistida.


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