quinta-feira, 16 de abril de 2009

Crítica - Espia uma mulher que se mata

Espetáculo baseado no texto Tio Vânia, de Tchecov despreza o que famoso autor tem de melhor: os meios tons, pausas significativas, silêncios medidos, entrelinhas de sentimentos e muita melancolia. 
O diretor argentino Daniel Veronese, parece não achar interessante todas estas máximas que compõem os textos de Tchecov, parece pensar que tudo o que já foi dito da obra do russo, seja uma inverdade. 
No espetáculo o teatro de Tchecov é mais usado como referência de método do que contextualidade.
O diretor exagera tanto em gritos e expressões que quase chega ao patético, nesta versão nada convencional de Tio Vânia.
O cenário de tapadeiras fingindo portas demonstra o total interesse em facilitar o transporte num objetivo de sucesso comercial.
Atores cumprem o que a direção se dispõe e se entregam de forma total. Infelizmente esta montagem superficial de um texto tchecoviano deixa muito a desejar do tão aclamado autor russo.

2 comentários:

  1. nossa, a peça dirigida por veronese com o elenco argentino capta o que há de melhor em tchekhov. com direito a um final arrebatador, mais melancólico impossível. no que diz respeito à essa montagem brasileira nada sei.
    mas acho que de qualquer maneira você deveria se informar melhor a respeito da importância de daniel veronese no teatro mundial, antes de afirmar tantos disparates.

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  2. Assisti a essa peça ontem (30 Jun 2009) no Festival de Inverno do SESC na região serrana Petrópolis-RJ).
    Com um texto nada acolhedor e excesso de gritos e confusão me fizeram desistir antes mesmo do final.
    Acredito que já me diverti bem mais vendo peças de crianças do que com esses atores profissionais.
    Nada contra ninguém do elenco, os atores parecem bons, mas no geral não gostei nem um pouco e não recomendo assistir.

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