Como no texto de Marx, o espetáculo aborda quatro casos reais de suicídio: a mulher tratada como propriedade do marido, a suposta perda de virgindade antes de casamento, o aborto e o desemprego.
Extraído do programa do presente espetáculo, este texto ilustra bem a postura de Karl Marx sobre um tema tão polêmico quanto desconcertante. Mas vale a pena citar um outro fragmento, também inserido no programa, que talvez contribua, entre outras coisas, para que o espectador possa entender as premissas essenciais que levaram a Cia. Ensaio Aberto a teatralizar o referido texto: O suicídio é significativo.
O espetáculo trata sobre temas muito pertinentes para os dias atuais e com certeza o espectador ao sair do teatro se questionará em relação ao que pensa sobre o suicídio, se concorda ou não. Se é um fato natural ou não na cosiedade atual.
O elenco formado por Fernanda Avellar, Françoise Berlanger, Tuca Moraes e Luiz Fernando Lobo está muito bem em cena e muito consciente nas ações cênicas.
Na equipe técnica, Felipe Radicetti assina ótima direção musical e trilha original, cabendo ainda destacar os surpreendentes vídeos de Batman Zavareze e Fabio Ghivelder, a expressiva iluminação de Jef Dubois, os austeros figurinos de Beth Filipecki e Reinaldo Machado, e a ótima tradução de Rubens Enderle e Francisco Fontanella.
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